Definição
a) Um
dos sistemas mentais descritos por Freud no âmbito de sua primeira
teoria topográfica sobre o aparelho
mental (primeira tópica).
b)
Conjunto de conteúdos ausentes do campo da
consciência.
Histórico
O
temo inconsciente já havia sido empregado muito anteriormente à Freud,
mas o inconsciente freudiano tem uma
característica até então
desconhecida: a dinâmica.
Freud demonstrou que certos conteúdos mentais
não tem
acesso facil à consciência, muito embora este fato não impeça
seus efeitos. Revelou ainda que muitos dos
sintomas mentais emanam
exatamente deste grupo de conteúdos mentais inconscientes.
A noção de
inconsciente
está, portanto, inevitavelmente ligada às idéias de
resistência e
de defesa.
Freud
empregou o termo “inconsciente” desde o início de seus estudos sobre a
vida mental, e alguns de seus
principais trabalhos iniciais foram
dedicados a demonstrar a existência do sistema inconsciente: A
Interpretação
dos Sonhos (Edição Standard da Obra Psicológica
Completa de Sigmund Freud, vols. IV e V; Ed. Imago, R.J.), A
Psicopatologia da Vida Cotidiana (idem, vol.VI)., Os Chistes e sua relação com o Inconsciente (ibidem, vol.VIII);
A
Significação Antitética das Palavras Primitivas (ibidem, vol.XI);
Uma Nota sobre o Inconsciente em Psicanálise
(ibidem, vol.XII).
Foi ainda objeto de um amplo estudo em um dos artigos metapsicológicos:
O Inconsciente
(ibidem, vol. XIV).
Neste último artigo, o sistema inconsciente
é diferenciado do
sistema perceptivo-consciente
(Prcpt-Cs), do qual a
consciência faz parte, e do sistema pré-consciente
(Pcs).
Até
1923, quando Freud apresentou sua segunda teoria topográfica do aparelho
mental (segunda tópica) com as
descrições de
ego,
id e superego, o
inconsciente era praticamente identificado aos conteúdos
reprimidos,
embora
alguns textos apresentassem o “núcleo do inconsciente” como
formado por conteúdos filogeneticamente adquiridos.
Característicasbr />
É
formado pelos representantes das pulsões;
Estes
conteúdos são regidos pelos mecanismos específicos do
processo primário de pensar:
condensação e
deslocamento;
Quando investidos libidinalmente, estes conteúdos procuram se expressar
na consciência, o que conseguem
através de
formações de compromisso;
Ausência de negação, de dúvida e de graus de certeza;
Indiferênça perante a realidade;
Regulação exclusiva pelo Princípio do Prazer
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