Definições
Força
que impulsiona o organismo para determinado objetivo. Cada pulsão tem
sua própria fonte em alguma excitação corporal; tem sua meta, que é
suprimir o estado de tensão existente na fonte pulsional e tem um objeto
através do qual atinge esta meta.
A
pulsão é formada por um representante ideativo (expressão psíquica das
excitações endossomáticas) e pelo representate afetivo ou quota de
afeto, o componente energético da força pulsional. Qualquer parte do
corpo susceptível de se tornar sede de uma excitação de tipo sexual pode
ser uma fonte pulsional (zona erógena), embora existiam áreas
predestinadas devido às suas ligações com os instintos de
autopreservação (a oral, a anal e a genital). Algumas pulsões parciais,
como a escopofilia, o sadismo, o exibicionismo e a de conhecer)
independem de zonas erógenas.
A
sexualidade é composta por vários tipos de pulsões, cada uma ligada a
uma determinada fonte, são as chamadas “pulsões parciais”. Elas, em sua
maior parte, se apresentam formando pares opostos (escopofilia/
exibicionismo; sadismo/ masoquismo; etc) e se expressam conjuntamente,
embora um dos componentes possa predominar. As pulsões parciais se
diferenciam de acordo com suas fontes e suas metas: por fonte: oral,
anal, fálica e genital; por meta: ver, dominar, posse, conhecer etc.
Histórico
O
estudo a respeito das motivações do comportamento humano, assim como a
hipótese de que ele é acionado por forças que tem sua origem no interior
do organismo é bastante antiga. Estas forças, de origem biológica,
inerentes ao homem e aos animais superiores, que atuam com finalidades
precisas e independentemente de qualquer aprendizado, geram
comportamentos fixos e são conhecidas como “instintos”.
Freud, em seu amplo estudo sobe as motivações do comportamento humano,
partindo da hipótese acima citada precisou nomear uma força diferente da
instintual, pois no ser humano praticamente inexistem comportamentos
fixados biológicamente. No ser humano, o estímulo endossomático sempre
adquire uma representação mental para poder atingir a consciência e ser
realizado. Nas palavras de Freud (Instintos e suas Vicissitudes,
Edição Standard da Obra Psicológica Completa de Sigmund Freud, vol.
XIV; Ed. Imago, R.J.), a pulsão é um conceito situado na fronteira entre
o somático e o mental, como o representante físico dos estímulos que se
originam no interior do organismo e chegam à mente e como uma exigência
de trabalho. O termo alemão utilizado por Freud para designar esta força
é trieb.
Na
primeira teoria pulsional de Freud, as pulsões sexuais surgem destacando-se das
de autoconservação, nas quais se apoiam no início e depois se
contrapõem. Com a introdução do conceito de
narcisismo as pulsões de autoconservação são assimiiladas às pulsões
do ego. Mais tarde, em seu artigo Para Além do Princípio do Prazer
(Edição Standard da Obra Psicológica Completa de Sigmund Freud,
vol. XVIII; Ed. Imago, R.J.), Freud modificou sua teoria aglutinando
as pulsões sexuais e as do ego nas pulsões de vida (Eros) em
conflito a pulsão de morte (Tanatos).
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