Clivagem ou Cisão do ego |
Definição Trata-se da coexistência de duas atitudes mentais em relação a um
aspecto da realidade, interior ou exterior. As
duas atitudes psíquicas
coexistem ao mesmo tempo, uma levando em conta o aspecto da realidade em
questão,
enquanto que a outra o nega e coloca em seu lugar desejo
relacionado com o aspecto da realidade em pauta. Pierre-Marie-Felix Janet (1859-1947), formado inicialmente em Filosofia e depois em Medicina, considerava que na origem da histeria havia a presença de idéias fixas que provocariam uma restrição ou uma dissociação da consciência. Josef Breuer (1842-1925), importante médico vienense que patrocinou o inicio da carreira médica de Freud e com ele desenvolveu estudos sobre a histeria (Edição Standard da Obra Psicológica Completa de Sigmund Freud, vol. II, Ed. Imago, R.J.), atribuía à presença de reminiscências na origem da histeria, as quais levariam a uma clivagem ou dissociação da consciência. Eugène Bleuler (1857-1939) considerava que a cisão da mente estava na base das Esquizofrenias. O uso
freudiano deste conceito foi elaborado nos artigos Fetichismo, A
Clivagem do Ego no Processo de Defesa e
Resumo da Psicanálise (Edição
Standard das Obra Psicológica Completa de Sigmund Freud, vols. XXI e
XXII ; Ed.
Imago, R.J.). A clivagem do Ego não leva à formação de compromisso entre as duas atitudes mentais. O uso deste processo em relação ao objeto externo engendra um objeto bom (idealizado) e um objeto mau, que é negado. O uso deste processo em relação às representações do objeto é a base da idealização e serve como defesa contra a percepção dos impulsos destrutivos do objeto amado. |