Ambivalência |
Definição
Histórico Freud utilizou inicialmente este conceito para falar dos pares opostos das pulsões componentes (atividade/passividade, sadismo/masoquismo, exibicionismo/escopofilia). Usou-o também para falar da existência simultânea da transferência positiva e negativa e, também o empregou no bojo de sua concepção dualística das pulsões (sexualidade X autoconservação e Eros X Tanatos). Karl Abraham (1877-1925), que escreveu importantes trabalhos correlacionando as psicoses com as teorias psicanalíticas de então, tomou e desenvolveu este conceito como uma categoria genética que permitiria especificar a relação objetal própria de cada fase libidinal. Para este autor, haveria uma fase pré-ambivalente, a oral primitiva, a ambivalência surgiria na fase oral-sádica, depois a pessoa aprenderia a poupar seu objeto e a salvá-lo da sua destrutividade e, por fim, ela seria superada na fase genital, por ele considerada pós-ambivalente.
Ao
contrário de K. Abraham,
Melanie Klein (1882-1960) considerava a
ambivalência como um dos elementos
fundamentais do funcionamento mental, presente desde
seus primórdios.
Clínica Ela é mais facilmente identificada em certas afecções (psicoses e neurose obsessiva) e em certos estados afetivos especiais como o ciúme e o luto. |