Definição
O
termo vem do latim vinculu e significa tudo aquilo que ata, une;
ligação. É o
elemento psicológico que caracteriza e especifica a relação, seja ela interpessoal
ou não.
Histórico
As
relações humanas se constituem a partir dos vínculos
afetivos construídos entre as pessoas ou a partir dos interesses que as unem.
Ao estudar as relações interpessoais, que
denomina
relações objetais, a
Psicanálise encontrou a existência de diferentes tipos de vínculos:
diádico, edípico, de apego, simbiótico, fusional, de
conhecimento, de raiva, de amor, de
segurança. Alguns autores, como W.R. Bion (1897-1979) e Pichon Rivière
(1907-1977), desenvolveram teorias próprias sobre os tipos de vínculos
que existem nas relações pessoais.
Objeto de estudo da Psicanálise, os vínculos básicos começaram a ser
estudados a partir de observações sobre as relações que se estabelecem
entre os pais e seu bebê. Melanie Klein (1882-1960) foi a precursora do
estudo da relação do bebê com sua mãe e Jacques Lacan (1901-1981)
iniciou o estudo sobre o papel psicológico do pai. A partir destes
estudos é que se chegou a formular as atribuições psicológicas relativas
a cada um dos genitores, conhecidas com os nomes de
função materna e função paterna. Este tema foi
amplamente desenvolvido por John Bowlby na trilogia Apego,
Perda, Separação, (Editora Martins Fontes, S.P.) a partir do
estudo sobre a condutra de apego.
Estes
vínculos são fundamentais para se estabelecer e viver as situações de
dependência e de confiança, para o desenvolvimento do sentimento de
segurança e, no processo de separação-individuação, a construção da
identidade e do traquejo social.
Clínica
As
patologias destes vínculos iniciais estão
relacionadas com os problemas no desenvolvimento
da personalidade, com os fenômenos psicossomáticos e com os
quadros psicóticos.
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