Definição
Designa um vasto campo de estudo em franca evolução na
Psicanálise e que engloba o relacionamento da pessoa com seus objetos,
sejam parciais ou totais, internos ou externos; a escolha
objetal, o tipo de relação estabelecida com o objeto e a dinâmica da interação intersubjetiva.
Histórico
Se os escritos de Freud a cerca do papel do objeto
interno no funcionamento mental ocupam um papel central no estudo sobre a
psicodinâmica, o mesmo não se pode dizer sobre o papel do objeto externo
na teoria freudiana: o objeto era apenas o meio através do qual a pulsão alcança
a satisfação. Assim, não há como negar a crítica de que a psicologia freudiana é
unipessoal e atribui ao objeto externo um papel secundário. Ronald Fairbairn, psicanalista
escocês (1889-1964) e Michael Balint, psicanalista húngaro radicado na Inglaterra
(1896-1970) foram dos primeiros a se oporem a esse papel secundário atribuído por
Freud aos objetos externos. A década de 30 do século passado viu florescer o estudo
sobre o papel do objeto externo e atualmente estamos caminhando na direção de uma
psicologia bipessoal dentro do campo da intersubjetividade.
|