Definição
Trata-se de um
mecanismo de defesa empregado pelo
ego para lidar com os impulsos
reprimidos.
Histórico
Foi inicialmente descrito por Freud
em 1986 com o nome de “sintoma primário de defesa” em Observações Adicionais sobre as
Neuropsicoses de Defesa (Edição Standard da Obra Psicológica Completa de
Sigmund Freud, vol. III; Ed. Imago, R.J.). A expressão formação reativa foi introduzida no
seu artigo Os Três Ensaios sobre a Sexualidade (idem, vol.VII).
Clínica
É um mecanismo
psíquico que substitui a representação penosa pelo seu oposto. Um
exemplo seria o pudor como formação reativa a impulsos exibicionistas.
Caracteriza-se por uma
atitude psicológica de sentido oposto ao do impulso reprimido, seja ele
um desejo, uma necessidade, um anseio.
Tanto no relato
manisfesto quanto no comportamento individual só aparece a oposição aos
desejos inconscientes reprimidos.
Este fenômeno pode ser
localizado, e manifestar-se por um comportamento peculiar, ou
generalizado até o ponto de constituir traços de caráter mais ou menos
integrados no conjunto da personalidade. Nestas pessoas, a
formação reativa toma a forma de traços de caráter, através de
alterações do ego, que constituem dispositivos de defesa nos quais
determinados impulsos implicados em determinado conflito desaparecem.
Por exemplo, pessoas que estão sempre dando provas, de um modo geral, de
piedade para com os seres vivos enquanto a sua
agressividade
inconsciente visa determinadas pessoas em particular.
|