Hospitalismo |
Definição
Os trabalhos de René Spitz estão entre os primeiros e fundamentais para a compreensão das consequências orgânicas e psíquicas das carências de relações afetivas significativas. A partir dos trabalhos de René Spitz foram desenvolvidos os estudos dos efeitos prejudiciais para o desenvolvimento mental determinados pela criação de crianças em instituições nas quais os cuidados são dispensados sem o estabelecimento de vínculos afetivos. Nesse sentido, os trabalhos de John Bowlby (1907-1990) sobre o papel e a importância da figura de apego resultaram na determinação hoje em dia adotada por todos os hospitais infantis de não mais internar crianças sem a companhia das respectivas mães. Os trabalhos de Anna Freud (psicanalista, 1895-1982) fundamentaram a adoção de mudanças
na condução do trabalho nas creches.
duradouro, por vezes fatal. Ocorre regressão do desenvolvimento psicomotor e queda do estado geral, com perda progressiva de peso que pode chegar à caquexia e morte por marasmo. O único tratamento, que também é preventivo, é a maternagem. Nos adultos podem surgir: úlceras, asma, diabete, problemas dermatológicos, obesidade, gagueira, tiques nervosos, agressividade, irritabilidade e medos exagerados dentre outros
sintomas.
Inicialmente empregado exclusivamente para os transtornos observados em crianças, atualmente o termo também é utilizado para designar uma série de fenômenos somáticos e psíquicos observados em adultos hospitalizados e que inclui os ganhos conscientes e
inconscientes relacionados com a permanência no hospital.
|