Conversão
 

Definição
O termo conversão foi introduzido por Freud para designar o mecanismo de defesa através do qual um conteúdo mental é transformado, convertido, em fenômenos orgânicos, motores (paralisias, tremores, convulsões, distúrbios da marcha, da deglutição etc.) ou sensitivos (dores, parestesias, anestesias, distúrbios da visão, da audição etc.).

Histórico
Desde o início o termo esteve associado à histeria e foi empregado pela primeira vez nos textos Estudos sobre a Histeria e As Psiconeuroses de Defesa (Edição Standard das Obas Completas de Sigmund Freud, vols. II e III, Ed. Imago, R.J.).

A explicação inicial do mecanismo de conversão foi econômica: a energia libidinal é convertida em inervação somática a partir daquilo que Freud chamou de “complacência somática”: fator constitucional ou adquirido que predisporia determinado órgão ou aparelho a ser utilizado desta forma. Mas, o objeto de maior interessepsicanalítico sempre foi o componente simbólico dos sintomas conversivos.

 

Clínica
O sintoma conversivo é a representação, através da linguagem corporal, de um conflito inconsciente. Como todo sintoma psicológico, a conversão tenta solucionar um conflito e, como toda solução de compromisso, ela é constituída pelo impulso reprimido e pela interdição do mesmo.

Clinicamente é muito importante fazer-se a distinção entre o sintoma conversivo e a somatização, já que ambos afetam o funcionamento corporal, mas demandam diferentes abordagens. Enquanto que o sintoma conversivo é a representação, através da linguagem corporal, de um conflito inconsciente, a somatização é um distúrbio funcional que aponta para e existência de uma situação de estresse.

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