Uma mulher de pouco mais de 20 anos, solteira, que havia procurado o ambulatório de Clínica
Médica devido a cefaleia constante iniciada há alguns meses, foi encaminhada para tratamento
pela Psicologia Médica com o diagnóstico de
cefaleia
tensional. A paciente informou
que o início do sintoma coincidiu com o agravamento da doença de uma das avós, portadora
de esclerose lateral amiotrófica,
com quem vive desde muito criança, após
a mãe ter abandonado o lar. A paciente continua em tratamento.
A discussão do caso apresentado girou em torno do
diagnóstico de luto patológico,
pois existe o risco da paciente desenvolver um quadro desse tipo em virtude
das
falhas básicas em seu desenvolvimento. O papel preventivo desse tipo
de atendimento psicológico foi ressaltado. Em seguida, abordou-se o papel das identificações
tanto na conformação do fenótipo quanto na patogenia somática.
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