Um homem de mais de trinta anos foi levado à consulta pela mãe por estar “emocionalmente
desequilibrado”. Recentemente foi demitido após se envolver em uma briga no trabalho.
Na entrevista o paciente mostrou-se desconfiado e pouco cooperativo, além de não
ver razão para iniciar nenhum tipo de tratamento. Informou que aceitara comparacer
à entrevista apenas para obter um laudo que o considerasse psicologicamente normal,
pois não se considerava maluco (sic). O comportamento do paciente não sofreu
nenhuma alteração durante o breve período em que veio às consultas. Retirou-se irritado
de algumas consultas antes do encerramento das mesmas e, apesar do esfoço da terapeuta
em estabelecer um diálogo de cunho reflexivo, este não foi alcançado em nenhum atendimento.
Frente aos sinais de funcionamento mental
paranóico e ao insucesso da tentativa terapêutica, foram apresentadas diferentes abordagens
técnicas para esse tipo de situação clínica e frisou-se a importância dos diagnósticos fenomenológico e psicodinâmico para se iniciar qualquer tipo de procedimento
terapêutico.
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