Resumo da Reunião Clínica |
Um homem de 40 anos, alcoolista
de longa data e portador de cirrose hepática,
foi internado com um quadro
clínico de dispnéia
aos pequenos esforços,
edema de membros inferiores,
ascite e dor difusa. Seu atendimento pela Psicologia
Médica foi solicitado pela
enfermagem por ser ele um paciente difícil, que estava sempre colocando dificuldade
em tudo que lhe era solicitado ou em todo procedimento que deveria realizar. Como
era de se esperar, reagiu mal, ficando arredio e desconfiado, ao primeiro contato
do membro da equipe de Psicologia Médica associada à enfermaria. Mas, conseguiu
aceitar exame e relatou que seus problemas clínicos datam de 3 meses, mas que tudo
teria começado há 2 anos quando teve um baque financeiro e sua mulher reagiu mal:
começaram a brigar e pouco tempo depois ela saiu intempestivamente de casa levando
o filho do casal. Ao retornar para a segunda consulta, a psicóloga foi informada
de que o paciente recebera alta para dar continuidade a seu tratamento em regime
ambulatorial após ter sido clinicamente equilibrado. Poucos dias depois o paciente
foi reinternado após ter passado mal em casa. Estava mais dispnéico, mal conseguindo
falar, e sua ascite havia aumentado. Seu estado é grave e sua única possibilidade
terapêutica é o transplante hepático. O paciente continua internado. |