Resumo da Reunião Clínica |
Uma mulher de quase 40 anos, casada, mãe de um filho adolescente,
em tratamento ambulatorial há pouco mais de 1 mês por apresentar episódios de falta
de ar e
aperto no peito, informou que seus sintomas surgiram quando,
aos 17 anos, seu pai mudou-se para outro estado e perdeu definitivamente o pouco
contato que ainda tinha com ele desde a separação dos pais, ocorrida quando ela
estava com 5 anos. Ela e o irmão foram criados pelo avô materno porque a mãe casou-se
logo em seguida com um homem que já tinha filhos e não poderia criar também os da esposa. Por sua vez, o avô, que estava casado em segundas núpcias há pouco
tempo e com filhos pequenos, frequentemente se queixava da sobrecarga imposta pela filha. Há aproximadamente 1 ano resolveu procurar o pai e, ao
encontrá-lo, decepcionou-se com as dificuldades dele se reaproximar. Notou que seus
sintomas pioraram desde então. O pai é uma pessoa arredia ao contato e há muitos
anos recebeu o mesmo diagnóstico de distonia neurovegetativa (utilizado pelos clínicos nos casos
de sintomas conversivos e
somatizações) dado à paciente quando
do encaminhamento para tratamento. |