Resumo da Reunião Clínica |
Uma mulher de pouco mais de trinta anos, casada e com
dois filhos, de fisionomia séria, de estatura alta e de
aparência algo masculinizada,
em tratamento ambulatorial por apresentar um quadro de
alopecia areata universalis,
foi encaminhada para acompanhamento psicológico.
Filha única de pais separados quando ainda criança, o pai
constituiu nova família
e não participou de sua educação em nenhum sentido. Ela e a mãe chegaram a passar
sérias dificuldades financeiras. Atualmente até se relaciona razoavelmente bem com
o ele, mas não consegue
esquecer o passado. Relatou ter apanhado muito da mãe, que
sempre foi uma pessoa rígida, exigente e
possessiva, e não gosta quando percebe
que é parecida com ela. Informou que
o primeiro episódio de sua doença
ocorreu há mais de dez anos, pouco depois do nascimento
de seu primeiro filho, fruto de um namoro que já havia
terminado quando soube que
estava grávida. Até hoje sente que tem certa dificuldade de se relacionar com esse
filho por ser ele fisionomicamente muito parecido com o pai. Na época, melhorou
quando, por orientação médica,
passou a frequentar a mesma igreja que seu médico.
O segundo episódio de perda total dos pelos do corpo se
iniciou há aproximadamente
um ano quando seu marido lhe contou que havia se envolvido com outra mulher. A
paciente
continua em tratamento. |