Resumo da Reunião Clínica |
Uma mulher de pouco mais de cinquenta anos, mãe de dois filhos adultos e divorciada,
procurou atendimento ambulatorial por estar sentindo-se deprimida (sic) por causa
do alcoolismo de longa data de um dos filhos e pela desconsideração que ambos tem
por ela: só a procuram quando precisam de dinheiro. Ao iniciar o tratamento contou
que sua mãe fugiu de casa por ter sido diariamente espancada pelo pai por vários
anos e que pouco depois disso ela própria foi expulsa de casa pelo pai, que abusou
sexualmente dela por anos. Trabalha para se sustentar desde criança, conseguiu graduar-se
em um curso técnico e teve três companheiros: o primeiro foi mandado embora por
não trabalhar; o segundo, pai de seus filhos, foi expulso de casa ao assediar sexualmente
a própria filha e o terceiro também foi mandado embora ao descobrir que era casado.
A paciente ainda encontra-se em tratamento e sua terapeuta está vivendo um dilema
em virtude de achar que não deve interromper um processo terapêutico exitoso por
causa de uma regra institucional que determina que os tratamentos ambulatoriais
são com tempo limitado. |