Uma
mulher
de
pouco
mais
de 40
anos,
casada,
mãe
de dois
filhos,
internou-se
para se
submeter
à uma tireoidectomia
parcial
para
retirada
cirúrgica de
nódulos
localizados na
glândula
tireóide.
Parecendo
pouco
se
importar
consigo
própria,
disse
não
se
lembrar
do
início
de
sua
doença e
que
foi o
marido
quem
notou o
aumento do
volume
de
seu
pescoço.
Mulher
muito
religiosa,
com
a
religião
como
seu
norte, tem
dedicado
sua
vida
à
sua
igreja
e à
criação
de
seus
filhos.
Inicialmente
demonstrou
pouca
disponibilidade
para
conversar
com
a
psicóloga,
preferindo
ficar
sozinha
rezando e a
tudo
respondendo
como
estando a
seguir os
desígnos de
Deus.
Iniciou-se a
discussão
abordando-se a
diferença
entre
fé
e a
adesão
a uma
religião.
A
discussão
se encaminhou
para as
diversas
funções
da
religião
e das
instituições
religiosas na
vida
das
pessoas,
sendo a
principal
o
amparo
aos excluídos (diferentes
tipos
de desamparados
sociais)
e
àqueles
que
não
conseguiram
desenvolver
a
segurança
e a
confiança
necessárias
para a
conquista
da
autonomia
pessoal,
e
que
costumam se
sentir
desamparados
principalmente
em
situações
que
envolvam
algum
tipo
de
risco
ou
de
ameaça
pessoal.
Falou-se do
papel dos
vínculos
básicos no
desenvolvimento
humano
e do
papel do
vínculo
terapêutico
com
estes
pacientes.
Encerrou-se a
reunião
discutindo-se as
técnicas
de
abordagem
psicológica
a
estes
pacientes
e os
objetivos
da
Psicologia
Médica. |