Um
homem
de
pouco
mais
de cinquenta
anos,
casado
e
pai
de duas filhas, foi internado
para se
submeter
a uma
cirurgia
corretiva
de
hérnia
discal
cervical.
Inicialmente
bastante
assustado
com
a
cirurgia
e nitidamente
com
medo de
morrer
ou
de
ficar
inválido,
reclamava
todo
o
tempo
da
demora
em
ser
operado.
Saiu
bem da
cirurgia,
mas
teve
um
sangramento
inesperado
no
pós-operatório
que
o levou a uma
segunda
cirurgia,
da
qual
saiu
tetraplégico
e
bastante
debilitado.
Mesmo
com
o agravamento de
seu
quadro
orgânico
e o
hospital
dispondo de
poucos
e
precários
recursos
para
reverter a
situação
grave
em
que
se encontrava, o
paciente
se esforçava
para se
manter
otimista e
esperançoso.
Informado
que
seu
sangramento
deveu-se a
estar
com
o
tempo
de
coagulação
muito
aumentado,
fato
desconhecido
pela
equipe
médica
devido
a
um
erro no
resultado
do
exame
sobre
o
tempo
de
coagulação
sanguínea,
não
conseguia
responsabilizar
ninguém
pela
situação:
encarava o
fato
como
uma
fatalidade,
apenas
um
erro da
máquina
que
analisou o
material
coletado
para
exame. O
paciente
faleceu dormindo,
alguns
dias
depois.
O
tema
da
discussão
foi a iatropatogenia, cuja
prevenção, segundo Abram Eksterman, é o principal objetivo da
Psicologia Médica. O
primeiro
aspecto a
ser
abordado foi a
indução
iatrogência provocada
pela
precariedade
do
sistema
de
saúde
pública.
Em
seguida,
discutiu-se a
indução
iatrogência
resultante
de determinado tipo de
psicodinâmica
que se estabelece na
relação
médico-paciente,
conhecida
comosSíndromeíndrome
de eEutanásiautanásia. |